Vídeo poesia nº1 - Das solitudes


Vídeo teste criado em 22/11/2019 baseado em texto escrito em 19/10/2019.
Fotografia, texto e concepção - Najara Fialho


"Eu tava ali meio sem rumo, sabe?
Andando de um lado para o outro e pensando nessa solitude.
Talvez eu pudesse tirar proveito disso como sempre o fiz.
Cada passo que eu dei naquele fim de tarde parecia uma faca entrando fundo na minha carne.
E a cada facada saía um trecho de poesia.
O ser humano não sabe aproveitar as boas coisas que a tristeza lhe proporciona.
E a arte, caro leitor, vem do caos, da profundidade do poço.
Pelo menos a minha.
Me recordo que quando jovem eu gostava de ler escritores que estavam na merda.
Me fazia sentir acompanhada pelo desgosto de sobreviver nesse mundo cão.
Com a evolução da tecnologia a gente tenta não se sentir tão só... Mas a complexidade disso ainda atormenta a minha alma.
Eu andei sem rumo, mas sempre em algum lugar importante. 
Era como se... se eu saísse da cama eu pudesse chegar até alguém. E tinham muitas pessoas ao meu redor, mas ainda assim eu me sentia só.
A solidão pode enlouquecer. Pode sim...
E talvez ela esteja tão presente exatamente porque eu enlouqueci."

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